ɞ Capítulo Oitenta e Quatro ʚ

Entrei no carro e programei o GPS com o meu futuro destino, que por sinal era bem perto de Belo Horizonte,  pouco mais de meia hora eu já havia chegado na cidade, parei o carro e perguntei algumas pessoas onde era o local do show, me informaram e eu achei sem muita dificuldade.
Ainda estava de dia, mas em poucos minutos iria anoitecer. Deixei meu carro num estacionamento que tinha ali perto, peguei apenas um dinheiro pra comprar o ingresso na portaria e a câmera, queria guardar o momento. Não queria que nenhuma fã do Luan me visse ali, então optei por camarote, seria mais discreto e assim eu fiz. Demorou quase duas horas pra abrirem o local do show e quando abriu uma multidão de fãs saíram correndo pra ficarem na grade. Sorri ao lembrar das mais de dez vezes em que eu havia feito exatamente aquilo.
Fui a primeira a entrar no camarote, e quando as outras pessoas foram chegando, vi que estava muito desarrumada pra ocasião. Mas não liguei pra isso, o camarote ficava longe do palco, o que significava que Luan não me veria, eu poderia ficar tranquila.
Já era quase meia noite quando o show começou. Depois de tanto tempo sem ver aquilo, estava vivendo esse momento de novo. Parecia uma espécie de magia quando Luan entrava no palco, era surreal. As luzes foram acendendo, todo aquele mistério e de longe se ouvia a abertura do show...

"Não foi nada fácil, mas é preciso lutar pra vencer.

A cada passo a cada desafio me sentia mais forte, porque o seu amor me conduzia e o seu sorriso me mostrava o caminho.
Vem, traga o seu brilho que eu faço chover estrelas, traga sua energia que eu transformo em calor, traga o seu grito que eu te dou atenção!
Melhores fãs do mundo, a noite chegou.
E ela é toda nossa!"


Luan foi aparecendo lentamente na parte de trás do palco. Todos que estavam ali gritavam o mais alto que podia, inclusive eu. Ele começou cantando Você de mim não sai, estava incrivelmente perfeito de calça escura, coturno, blusa azul royal e um colete preto por cima. Eu não sabia se sorria ou chorava, se gritava ou cantava, se tirava foto ou filmava, eu na verdade não sabia como tanto amor cabia dentro do meu peito. Mas eu o amava... Incondicionalmente.
Naquela noite, ouve dois momentos que foram lindos, mas ao mesmo tempo dolorosos: primeiro foi quando Luan cantou Promete, que era a nossa música, o segundo foi quando ele cantou Te Vivo... Mas nada foi pior do que o momento em que ele se despediu dos seus fãs e simplesmente subiu dos meus olhos. Aquele era nosso definitivo adeus.
Fui embora pro apartamento, não estava triste, apesar de tudo guardaria Luan da melhor maneira no meu coração, como o anjo que ele sempre foi na minha vida. Algumas decisões tem consequências pro resto das nossas vidas, e eu iria enfrentar duas de uma só vez, eu iria aceitar o pedido de casamento de Henrique.
Fui embora devagar, eu sempre gostei de dirigir e isso era ótimo, assim eu demoraria mais pra chegar no apartamento, e teria menos tempo livre pra pensar em Luan. Depois de tomar um banho, me joguei na cama, estava completamente sem voz. No meu celular haviam alguma ligações de Henrique mas fingi que não vi.
Acordei no sábado a tarde, arrumei meu guarda-roupa, várias coisas que eu não usava resolvi doar, só parei quando vi Henrique me ligando.

_Oi Rique.

_Oi sumida! Tá em BH?

_Tô sim, você tá bem? Que voz estranha é essa?

_Eu tô meio resfriado, por isso nem vou ai esse final de semana, tudo bem?

_Não tem problema Rique, quando você ficar melhor você vem aqui.

_Vou sim, tô com saudades...

_Eu também...

_Então, ontem a noite foi bom sair com o pessoal da faculdade?

_A foi legal sim, mas nada demais não. -Ah minha sorte era ele não estar na minha frente, porque sempre que eu mentia, começava a rir na cara da pessoa.

_Do que você tá rindo?

_Do Bob Esponja! Tô vendo Bob Esponja é isso. -Foi a primeira coisa que veio na minha cabeça.

_Ah sim, bom eu vou desligar, minha garganta tá doendo um pouco.

_Tá, fica bem viu? Beijos.

_Tchau meu amor, beijos.

Eu estava decidida a aceitar o pedido de casamento de Henrique e falaria isso com ele naquele fim de semana, mas alguém lá em cima não quis assim, então eu falaria no dia em que o visse.
Fiquei o domingo vendo filmes jogada no sofá e comendo brigadeiro, as vezes brincava com Zeus também. A noite organizei minhas coisas, já que votaria pra minha rotina na segunda-feira bem cedo.
Depois da faculdade fui pro trabalho, mas antes de começar a fazer qualquer coisa, Edgar me chamou.

_Iasmin, já que você vai pra Austrália, eu decidi te mandar pra um congresso sobre meio ambiente que vai começar hoje em São Paulo, são só americanos, é bom que você vai treinando seu inglês. Desculpa não ter te consultado antes, mas apareceram poucos convites a cerca de vinte minutos e você foi o primeiro nome que me veio a cabeça.

Edgar era um chefe legal, podia até parecer que não, mas eu via que ele queria que eu fosse uma boa profissional. Investia suas fichas em mim sem medo, acho que ele ficou meio frustrado quando sua filha decidiu ser modelo e não seguir os seus passos, então viu em mim, uma "saída para sua frustração", foi a conclusão em que eu cheguei.

_Tudo bem Edgar, eu vou.

_Arrume suas coisas, já mandei comprar sua passagem e já reservei um quarto pra você no melhor hotel de São Paulo. Agora vá, e leve o nome da nossa empresa.

_Sim senhor! -Apertei sua mão e fui pro apartamento, arrumei algumas roupas na mala, liguei pra Henrique e pros meus pais avisando, deixaria as chaves com o porteiro pra Henrique cuidar de Zeus quando fosse na agência e finalmente sai, pouco depois já estava em São Paulo.

Um homem com uma plaquinha com meu nome me esperava no aeroporto, era motorista da empresa em São Paulo, seguimos direto pra onde seria o congresso, fiquei lá até as nove e meia da noite, estava exausta, mas realmente o congresso era ótimo, apesar deles falarem o tempo todo em inglês.

O mesmo homem que me esperou no aeroporto, me levou no hotel, conversei com ele, que disse estar acostumado com isso, pessoas de todo lado iam pra esse tipo de evento.

Cheguei no hotel e peguei um cartão na recepção, era muito luxuoso, uma decoração linda, mas pra mim, tudo um pouco exagerado demais. Peguei o elevador e fui pro meu andar, que alias era bem alto, o vigessimo segundo, demorei um pouco pra achar meu quarto mas achei.

Tomei um banho, coloquei um vestido e uma sapatilha e resolvi descer pra comer alguma coisa, entrei no elevador, dois andares abaixo ele parou novamente e abriu a porta.
Eu estava de cabeça baixa, olhando algumas coisas no celular, mas quando senti aquele perfume, travei. A porta se fechou e então me obriguei a olhar pra cima e ver se aquilo era realmente verdade.
Luan estava parado na minha frente, sua expressão era tão surpresa quanto a minha.

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Um simples mortal, com a missão levar alegria ao próximo, seja com atitudes ou palavras. Enquanto eu acreditar, o sopro de Deus me move...

Nosso eterno Tio Ju!

Negas eu ia falar umas coisas aqui mas a net tá muito ruim e eu tô triste com a saída do Tio Junior da Central, mas eu só quero que ele seja feliz!

O que acharam desse capítulo hein?? Eu gostei muito... E o próximo então... Comentem amors! Sete comentários e eu posto o próximo...

Tchau!