ɞ Capítulo Vinte e Um ʚ

Peguei meu carro e fui rumo ao show, bom ao show não, fui ao encontro do cara mais incrível do mundo. No caminho ia cantando as músicas novas, a noite estava linda apesar de que parecia que iria chover, cerca de quarenta minutos na estrada e eu já havia chegado ao local do show.
Por causa do trabalho da faculdade perdi um pouco a noção do tempo e acabei chegando atrasada e pra piorar a minha situação eram vários artistas pra se apresentarem na mesma noite e Luan seria o primeiro. Quando consegui avistar o palco ele havia acabado de sair, na mesma hora peguei meu celular e ele não atendia, depois de mais algumas tentativas ele atendeu:

_Oi? -Ele falou meio grosso.

_Amor? Eu tô aqui fora, acabei de chegar não deu pra ver você.

_Eu já avisei o segurança aqui da entrada do camarim pra ele deixar você entrar.

_Tá, eu vou falar com ele.

Fui até o tal segurança da aérea dos camarins, mas ele não me deixou passar de maneira alguma, liguei pra Luan de novo e ele me disse que já havia ido embora e que iria entrar no avião e precisava desligar, não tive tempo de pensar muito a chuva veio forte me molhando toda e eu corri até o estacionamento e peguei meu carro.
Ainda estava sem ter nenhuma reação sobre o que tinha acontecido, mas depois de dez minutos dirigindo parei o carro e comecei a chorar. Luan não sabia mas aquilo tinha me magoado muito, as vezes nem era culpa dele mas ele também não fez o menor esforço pra ir me ver, tudo o que eu mais queria era minha cama e uma roupa seca.
Depois que parei de chorar, respirei fundo e segui viagem. Só não esperava o pneu furar no meio do caminho, eu era péssima em trocar pneus e pra piorar caia muita chuva.

_Droga! -gritei saindo do carro.

Meia hora em baixo de muita chuva e enfim eu consegui trocar o pneu, já não via mais a hora de chegar no apartamento estava morrendo de frio, eu já estava gripada e depois disso iria ficar bem pior; dirigi devagar fazendo a viagem durar mais que o dobro.

Finalmente cheguei no apartamento, tirei minha bota no carro e subi com ela na mão pra não fazer barulho. Abri a porta bem devagar, Henrique com certeza estava dormindo.

_Ai que susto! -Falei levando a mão no rosto quando vi Henrique sentado e muito acordado na sala.

_Pelo amor de Deus, o que aconteceu com você? -Ele falou examinando o estado em que eu havia chegado.

_Tomei muita chuva. -Falei

_Vai tomar um banho quente agora.

Não respondi, fui pro meu quarto e tomei um banho quente, coloquei meu velho e bom moletom e voltei pra sala estava procurando algum remédio pra gripe eu não parava de tossir nem um segundo.

_Toma. -Henrique me entregou uma xícara com chocolate quente e um remédio.

_Brigado Rique, eu vou ir dormir.

_Porque você chegou cedo?

_Longa história mas amanhã eu te conto tá?

_Tudo bem vai descansar.

Ele me deu um beijo na testa e eu fui pro quarto, achei que eu não fosse conseguir dormir mas apaguei provavelmente graças ao remédio.
Era sábado e feriado, o sol brilhava forte lá fora mas eu sentia um frio insuportavel. Queria ver TV mas não ali no meu quarto e como eu fazia quando era criança peguei meu edredom e arrastei até a sala fiquei ali assistindo desenho mas não conseguia achar muita graça em nada, além de estar triste com o que tinha acontecido, meu corpo doía muito, o frio estava demais, uma tosse que não passava e aquela dor nas costas então...
Pouco depois Henrique acordou e se sentou perto de mim.

_Bom dia, já tomou café? -Ele me perguntou.

_Bom dia Rique, tomei não, tô sem fome.

_Sem fome? Você? Ta doente?

_Não!

_Mas parece, olha o sol lindo que tá lá fora e você ai com esse edredom! Bora da uma volta?

_Não quero sair daqui hoje por nada, eu tô morrendo de frio.

Henrique levantou e caminhou até mim, colocando a mão sobre minha testa.

_Você tá com febre. Onde tem termômetro?

_Acho que ali, naquela caixinha, mas não precisa disso Rique eu tô bem daqui a pouco passa.

Ele nem olhou pra mim.

_Rique!

Ele colocou o termômetro na minha mão e eu apenas bufei odiava aquilo, poucos minutos depois o termômetro apitou e Henrique o pegou em minha mão sem eu ao menos olhar.

_38! Você tá com muita febre!

_Já falei que daqui a pouco passa.

_Se não passar eu te levo no hospital, nem que seja amarrada.

_Vai passar, eu tô falando.

Henrique abriu a janela, tirou o edredom de mim, fez um chá que estava horrivel e me obrigou a tomar não me deu nenhum remédio porque não sabia o que eu tinha. Mas ao contrário do que eu pensava, no final do dia eu estava péssima, não tinha comido nada, meu corpo não melhorava e a febre havia subido.

_40 graus Iasmin. Vamo pro hospital agora.

Tentei ir até meu quarto pegar minha bolsa mas não consegui, além de odiar hospitais eu odiava dar trabalho pros outros ainda mais pra Henrique que estava perdendo seu feriado trancado no apartamento comigo, cuidando de mim.
Fui me arrastando até o elevador que era bem em frente ao apartamento, fiquei com a cabeça encostada no ombro de Henrique.

_Cadê seu carro? -Perguntei

_Tá lá fora.

_Vamo no meu, tá aqui perto, até chegar no seu carro, eu não tô me aguentando em pé. -Resmunguei quando saímos do elevador.

_No seu carro não.

Eu já iria reclamar mais uma vez, mesmo sabendo que Henrique odiava o meu carro iria insistir pra ir nele já que estava bem perto. Eu não queria dar mais nenhum passo. E não foi preciso, Henrique me carregou e eu não falei nada. Chegamos no hospital que estava até vazio, rapidamente um médico me atendeu e eu fiz alguns exames. O que eu mais temia aconteceu: iria ficar internada estava com pneumonia.

_Rique, por favor, pode ir embora não precisa ficar aqui. -Falei olhando o soro que ia pra minha veia.

_Não precisa ficar insistindo, eu não vou sair daqui e ponto final.

_Tudo bem, pra falar a verdade eu não quero ficar aqui sozinha mesmo.

_Morre de medo de hospital né?

_Muito!

_Não precisa fingir de forte. Eu tô aqui, mais tarde vou ligar pros seus pais.

_Tá bom, Rique brigado viu?

_Não precisa agradecer, amigos são pra essas horas.

Ele sentou ao meu lado e segurou a minha mão, eu não deixei que ele a soltasse e assim eu acabei dormindo, mas Henrique soltou a minha mão quando meu telefone tocou e ele foi atender, e sim era Luan que estava me ligando.

_Alô? -Henrique falou seco.

_Quem ta falando? -Luan perguntou assustado.

_É o Henrique, o que você quer Luan?

_Falar com a Iasmin, a minha namorada eu posso?

_Não, não pode.

_Vem cá, você pega o telefone da minha namorada e atende e ainda não vai passar pra ela?

_É isso mesmo, e sabe porque eu não vou passar o celular pra ela Luan?

_Por que você é um idiota?

_ Não o idiota aqui é você, a Iasmin ta aqui no hospital internada, por sua culpa Luan, ontem ela foi atrás de você no show e você nem se importou!

_Internada? Como assim? Porque? O que aconteceu?

Henrique não respondeu, apenas desligou o celular.


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"Meu medo não é te perder...
É te perder pra alguém que não te ame tanto quanto eu..."
Luan Rafael


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Minhas leitoras voltaram!!! Aêêê \☻/ \☻/\☻/ Pensei que vocês tivessem me abandonado uai!
Negas não fiquem com raiva do Henrique viu?? Ele não é do mal!! Respondidas no capitulo 20 e 10 comentários pro próximo!
Obrigada por comentarem aqui e no meu twitter também...
Beijo ♥